terça-feira, 19 de julho de 2011

Mudança e Nostalgia!

" Que bonita a sua roupa,
Que roupinha mucho louca,
Nela é tudo remendado,
Não vale nenhum centavo,
Mas agrada a quem olhar!"
Chaves - Chaves, o Rei da Palhaçada

 Caramba, faz tempo que não escrevo aqui. Como simples universitário que sou, não é de se espantar que o azar me acompanhe por meses a fio. Como o titulo desse post sugere, eu estava me mudando, fiquei um bom tempo sem internet. Quando a internet chegou ao meu humilde lar o meu computador queimou, me fazendo obrigado a usar o PC da minha mãe para trabalhos da faculdade, e por ser dela, eu só usava com essa finalidade. E quando finalmente comprei o meu, eu não tinha tempo de postar aqui. Mas agora estou de férias e pretendo postar novamente. E já que falamos na mudança vamos ao que interessa.


Bons tempos!


Durante o período de encaixotar coisas, agente sempre acaba achando um milhão de coisas que nem lembrávamos que existiam. Mas olha só, elas ainda existem. E toda vez que eu me mudo, sou atingido pelo mesmo sentimento de nostalgia. E é isso que está me levando a escrever esse post, mesmo que com mais de um mês de atraso. Mas a nostalgia foi tão grande que eu fiquei planejando esse post desde que comecei a mudança, e fui pensando em como deveria ser, como estruturar e como escrever. Primeiro porque eu queria falar de tudo o que foi bom na minha infância, e segundo que eu escrevo tão mal que preciso de uma reunião de pauta comigo mesmo, pra fazer algo menos horrível. Enfim, comecemos:



Cinema


Ah, o cinema dos anos 80. Pra mim foi uma das melhores épocas do cinema, se prolongando também pros anos 90. Não existem pra mim filmes melhores que os clássicos. Afinal, eram meses de trabalho árduo, pra uma hora e meia de muita diversão, efeitos especiais únicos e uma história envolvente. Quem nunca se empolgou com o Indiana Jones (1981) simplesmente não sabe o que é um filme de aventura. Foi esse filme que me fez amar mitologia, desde a Arca da Perdição até a Ultima Cruzada. A única coisa que me frustrou foi o quarto filme, que convenhamos, é bem forçado, não havia espaço pra ele na série.

"Estou Pronto! Estou Pronto!"

Falando em George Lucas... Se alguém chegar pra mim e falar que Star Wars (1977) é ruim, eu garanto que eu pulo no pescoço e arranco a jugular fora com os dentes. Simplesmente um dos melhores filmes que já vi na vida, os efeitos especiais foram completamente inovadores, e sem esse superficialismo criado pelas CG’s hoje em dia. Os últimos 3 episódios, que começaram a sair no cinema em 99 foram fantásticos também, nunca deixou de ser envolvente e único.
 
"Curioso..."


Falando em histórias futurísticas, eis aqui a minha trilogia favorita: Back to the Future (1985). Sem duvida é o filme que mais me cativou, e que mais me fissurou em tecnologia. Em dois anos estarei me formando Cientista graças, em grande parte, a esse filme. Ok, eu nunca vou criar uma maquina do tempo, o que é triste. Mas continuo tendo esse filme como referencia. Afinal, um De Lorean cheio de fios, cabos e botões, que viajava no tempo mergulhando em luzes psicodélicas a 80 Mph só pode ser uma inspiração né.


Eu sei que eu nem era nascido no lançamento desses filmes, mas não tem como nascer na década de 90 e não os conhecer. Eu ainda podia citar outras sagas fantásticas como o Terminator, Godfather, Gremlins... Mas acho que teria que escrever um livro pra falar de todos os filmes da forma como eu gostaria. Há ainda os filmes únicos, que eram igualmente fantásticos, como The Goonies, E.T the Extra-Terrestrial, The Mask, ou os mais antigos como The Day the Earth Stood Still, The War of The Worlds. Gostava até dos filmes trash como O Ataque dos Tomates Assassinos, e Chuck, o Brinquedo Assassino.  Embora eu admita, morria de medo do Chuck. Ainda hoje, ao imaginar uma entidade maligna que quer me matar, a única coisa que me vem à cabeça é um boneco ruivo de, sei lá, 90 cm de altura? Enfim.


Eu amava o cinema nessa época, era muito mais completo, sem apelação para explosões, efeitos especiais e sexo. Sem duvidas a falta apelação sexual foi uma das coisas que mais me fez amar o cinema dos anos 80. Sem duvidas.


Nada de apelação sexual nos anos 80, veja a Elvira por exemplo.
Uma diva do Senhor.

Series
Inconfundíveis, sensacionais, incríveis, e com um leve gosto de limão. As séries que eu assistia na minha infância também me marcaram e me moldaram se duvida alguma. Não nego, que as séries atuais são realmente muito boas, e eu admiro muito mais que o cinema. Mas ainda assim, nada seriam sem as áureas séries. Aqui eu pensei sobre o que escrever, já que eu não assistia muitas séries. Demorei a ter tv a cabo, e na tv aberta, ao menos no Brasil, é difícil achar algo que preste, embora existisse.


Na rede aberta de televisão desse país sabor de brasa, temos as conhecidas por todos: Alf, o ETeimoso, uma série de 102 episódios fantásticos, que narram a história de um alien inconveniente, vulgar, chato, e irritante que cai na garagem da família Tanner. E passa a morar com eles fugindo da Força Tarefa Alienígena (ATF). A comédia é bem mamão com açúcar, mas garante risadas até hoje, afinal, quem não gosta de uma criatura sarcástica, irritante e inteligente?




Outra série única da rede aberta é The Fresh Prince of Bel-Air, que ficou nacionalmente conhecida como Um Maluco no Pedaço (Eu devia fazer uns parágrafos só pra escrever sobre as traduções terríveis dos nomes de filmes, séries e desenhos dessa época). Contava a história do jovem Will Smith que ia morar na casa dos tios ricos. Era uma chance incrível de comédia, começando pelo próprio Will Smith, que já tinha uma excelente inclinação teatral pra comédia. Mas a série passou disso, e nos trouxe cenas comoventes, bonitas e emocionantes. Em todos os 6 anos de série a qualidade sempre foi invejável. Foram 148 episódios sem nenhuma decepção, foi um seriado perfeitamente bem sucedido. Não é a toa que não exista alguém que não conheça o Will Smith hoje.


Quem se lembra da Família Dinossauro? Eu adorava e assistia com o meu pai. Não consigo me lembrar da frequência com que eu assistia, se passava todo dia, ou só nos finais de semana. Sei que eu era doido pela série. Resolvi comentar porque foi marcante pra mim, mas vou se sincero, não lembro muito da série. Simplesmente, não preciso falar muito dessa. Então passemos para as séries da televisão fechada.


Goosebumps talvez devesse ficar na parte de livros, só que infelizmente, na época nunca tive acesso a eles, então tudo o que eu sabia do Goosebumps era o que passava na televisão. E era fantástico. Histórias cativantes, que não assustavam nem um pouco, mas que nos prendiam em frente à tela da Fox Kids. Não assustavam até certo ponto. Eu sempre ficava com medo na história “A Noite do Boneco Vivo”. Talvez por trazer lembranças do já mencionado Chuck, que como eu disse, povoava os meus pesadelos infantis... e pré-adolescentes... adolescentes...  noite passada... Enfim. Lembro perfeitamente de algumas das histórias, como se fosse ontem. E sem duvida é uma série que faço de tudo pra ver de novo.  Tanto quem alguns episódios eu já baixei, infelizmente não achei todos.


 AHHHH, O CHUCK!!!


A Família Addams não precisa de apresentações, explicações ou menções. Por si só ela já é marcante, e por si só ela já se expressa. A trama era inovadora, uma família de pessoas excêntricas que consideravam o estranho e assustador normal. Isso pra 1964 era fantástico (sim, eu assistia a versão preto-e-branca), e continuou cativante até hoje. Teve longas, refilmagens, desenhos animados.


Deixei por ultimo uma série única. Que ninguém (ao menos nenhum brasileiro) desconhece. Uma série que nos acompanhou por toda a vida até hoje, e quem sem duvida vai continuar acompanhando por todo o sempre (a não ser que o SBT feche as portas). Chaves! Quem não cresceu assistindo chaves, simplesmente não presta. É estuprador de criancinhas. Assassino de cachorrinhos. Comedor de gatinhos. Destruidor de todas as coisas boas na face da terra. Se tu cresceu sem ver Chaves ou Chapolin, saia desse blog agora mesmo. Eu não confio em você.


O Chaves e o Chapolin, enquanto série, nos fizeram rir, chorar, pensar, e brincar. E o Chaves e o Chapolin, enquanto personagens, nos fizeram ter uma infância completa. Não houve ninguém que não quisesse ir para Acapulco. Que não se revoltou pela injustiça que a dona Florinda cometia com o Seu Madruga. E quem nuca evitou a fadiga com o Jaiminho. Também não conheço ninguém que não saiba Cantar a seguinte musica:

“Quero ver,

Outra vez,
Seus olhinhos de noite serena.
Quero ouvir,
Outra vez,
Tuas palavras acalmando minha pena.
Quero ser,
Outra vez,
O que inquieta a paz de teus sonhos.”

E inclusive durante as apresentações do Chapolin, o ilustre Roberto Gómez Bolaños (que tem twitter caso você queira seguir) nos brindou com adaptações de histórias do Gordo e do Magro, Chaplin, A Pantera Cor-de-Rosa, Branca de Neve e outros clássicos inigualáveis. Isso e muito mais, faz dessa uma série fantástica, e excelente pra todos que desejam dispor ao filho uma infância feliz e perfeita. E eu garanto. Pois mesmo apanhando na escola, eu era feliz demais vendo Chaves e Chapolin. :D



Musica
Só pra falar de musica dos anos 90 e 80 já levaria uns 5 posts, então não da pra eu sair falando de bandas, discos ou musicas. Vai ficar extremamente longo, então vou deixar essa parte em branco. Principalmente pela seguinte razão: Antigamente havia musica, e hoje há pessoas coloridas, figuras comerciais, e lixo. Claro que isso é uma generalização. Mas não foge muito disso. E se tu tem um pingo de bom senso, sabe que é verdade.


O estilo reinava nos anos 80

Desenhos
Bah, os desenhos de antigamente (sim, tenho 73 anos agora) eram infinitamente superiores. Desenhos como O Laboratório de Dexter, Pink e Cérebro, Freakazoid, A Vaca e o Frango, Johnny Bravo. Todos esses desenhos Non-Sense que prendiam as nossas atenções tinham muito mais nexo que os desenhos que passam hoje em dia. Onde alguém aparecer com a bunda de fora é absurdo, ou em que pancadas com efeitos devastadores como em Tom & Jerry são completamente perigosos. Naquela época, os desenhos podiam ser o que quisessem. Hoje há regras que eles são obrigados a seguir. Mas não é isso que vai tornar um desenho ruim, de fato isso nada tem a ver. Um desenho recente, que é muito bom, é Kid vs. Kat. Comecei a assistir há alguns meses, e simplesmente adorei. É divertido, cativa. Ele não é o único, tem também Phineas & Ferb, outro genial. Mas mesmo assim, seguem uma linha diferente de antigamente.


O Guilherme Briggs é outro que desperta uma nostalgia descomunal


Os Padrinhos Magicos e Bob Esponja Calça Quadrada, são dois desenhos mais recentes que seguem essa linha antiga, e são terrivelmente divertidos. Mas voltando a nostalgia. Ainda temos Coragem, o cão covarde, que eu sinceramente não sei porque acabou. Não devia ter acabado, era fantástico. Sheep Na Cidade Grande, esse poucos se lembram. Ele é mais recente, 2000, e embora tenha sido uma sensação no Cartoon Network, poucos viram. Conta a história de uma ovelha chamada Sheep que se cansa do campo e quer ir para a cidade. E ele é sempre perseguido pelo General Especifico e pelo Soldado Publico (General Specific, Private Public, adoro essa brincadeira com o nome, assim como Major Minor). Invasor Zim, que conta a história de um alien maligno e burro, que vem a terra pra tentar dominar o mundo. O desenho era tão non-sense que todas as alusões a filmes de ficção cientifica pareciam 100% originais. Projeto Zeta, MIB (Houve um desenho, caso não saiba) Dragon Ball, The Mask, Dungeons & Dragons (A Caverna do Dragão), Fly, Inspetor Bugiganga, Cavalo de Fogo… Nossa, só de me lembrar já dá aquele aperto da nostalgia.

"Beeeeehhhh"

Jogos
Esse tópico nem devia existir. Grandes nomes do mundo dos jogos começaram nos anos 80 e 90, e estão aí até hoje. Por exemplo, Zelda, Mario, Sonic, Donkey Kong, Mortal Kombat, Street Fighter, F-Zero, e muitos outros. Eu não sei vocês, mas pra mim, esses jogos sempre foram mais divertidos. Eu jamais trocaria Sonic por um God of War da vida. Não desmerecendo o jogo, que é genial. Mas eu sinto um sabor maior nos clássicos. Jogos atuais conseguem inovar e transformar tudo. É muito bom, e agradeço por estar nesse período. Mas ainda assim temos que dar os merecidos créditos aos que começaram tudo isso.  Quem não se emociona ainda pulando plataformas no Super Mario World? Quem não se empolga correndo pelos loops de Sonic 3? Quem não vibra com um Fatality no Mortal Kombat? Foram esses elementos inovadores na época que nos fizeram felizes. Os jogos eram essencialmente mais difíceis, beirando às vezes ao improvável. Quem queria ver todos os finais de Chrono Trigger tinha que ralar a pele e o osso do dedo... Jogar umas 20 vezes, todas de maneiras diferentes, pra começar a entender como achar os outros finais.



Quem queria pegar todas as esmeraldas no Sonic 3 & Knuckles tinha que ter uma paciência de jó, e repetir as fazes bônus mil vezes. E pra quem tinha o sonho de passar por todas as fazes especiais do Mario World 3 tinha que vender um pedacinho da alma pra Nintendo. Eu tinha tanto jogo mais underground pra falar, mas infelizmente esse post já tá passando do numero de linhas que eu gostaria.


Livros e Gibis



Talvez eu devesse ter colocado “Comics” no lugar de Gibis, mas na minha infância não tive acesso a nada além de gibis. Só fui saber o que era Comic e Mangá na minha adolescência. Então ao que diz respeito a quadrinhos, só lia Turma da Monica, e os derivados da Disney, Tio Patinhas, Mickey, Donald... Mas o meu favorito sempre foi a Turma da Monica, tanto que ainda tenho a minha coleção, que aumenta sempre que possível. Embora, eu prefira as histórias mais antigas, do que as que têm sido lançadas pela Panini.





Quanto a livros, a minha infância se resumiu a apenas um: Harry Potter. Eu não gostava de ler (Seu inculto), e havia um amigo meu que era viciado em Harry Potter, ele tinha lido todos os que tinham sido lançados (foram uns dois ou três, não lembro). Em 2001 sai o filme no cinema e eu vou assistir com ele. Eu simplesmente saí do filme louco pra ler Desde então viciei em ler. Não só ler a série juvenil, mas tantos outros que acabei lendo. Todo o meu amor por livros veio dele. E me acompanhou até hoje. Foram 10 anos acompanhando todos os livros e filmes. E me orgulho pelo fato de que nessa sexta, dia 15 de julho eu assisti o ultimo filme, que durou até as 0:15 da noite. Ou seja, já era dia 16. Logo Eu completei 21 anos no dia em que assisti o ultimo filme da saga. Pode parecer besteira, podem achar idiota, mas pra alguém que acompanhou a série por 10 anos, isso é bem significativo. Aliás, eu ganhei o meu apelido Harry, graças a um professor de matemática que disse que eu era parecido com o Harry do livro. Já que na época eu tinha cabelo bagunçado, roupas largas e uns óculos redondos, realmente lembrava o personagem. E isso tornou a série mais parte da minha vida. Já gostava dos livros, acompanhava os filmes e agora ganhei um apelido. Epic Win pra mim.
A série acabou, mas a paixão pelas histórias continua. Todos os filmes, desenhos e séries que citei já acabaram (quase todos os desenhos). Mas a paixão por eles continua. Não só pra mim, mas pra todos os que viveram nessa época. É provável que a nova geração também tenha seus ídolos de infância, suas histórias e aventuras como os melhores. Mas eu (e outros tantos) vamos sempre preferir essa época torta e ficar sem entender porque certas coisas fazem sucesso hoje em dia. Mas tudo isso vai ficar na nossa memória por mais 20, 30, 60 anos.  Imagino daqui a 10 anos, eu relendo esse Post e rindo. Provavelmente vou escrever outro falando do que é nostálgico na minha adolescência, e é possível que sejam coisas que eu não gosto. Vamos ver o que acontece. Tô adorando o modo como as coisas funcionam nesse ponto de vista.

 Bye o/ Até o proximo post


P.S.: Recado a mim mesmo. Caso tu(eu) esteja lendo isso e vendo que tem um numero absurdo de erros de português, uma escrita pobre e muita enrrolação fique sabendo que a culpa é tua, fica aí só programando e esquece que também precisa treinar o português. Se tu for analfabeto eu juro que te mato ¬¬.


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